
(seremos dignos da herança? oxalá...)
Amarrado a uma realidade que nada tem de platónica, vai fervendo um turbilhão espumante de ideias. É, por vezes, um alarme sócio-político, é um alerta ecológico, ou um coração sedento que disparam na eminência de pormenores e "pormaiores". No fundo, é um ser humano que sabe que o é, mas com receio da consciência de o ser. Porque o "alheismo" geral é tão mais fácil...
2 comments:
Somos!
E não se fala mais nisso, pode ser? :)
Hoje tive um jantar de aniversário de um amigo meu, o P.A., e é sempre dos (o?) aniversários mais interessantes que tenho. É muito agradável estar a conviver com pessoas muito inteligentes, com uma vivência completamente distinta da minha, numa mesa onde eu serei o mais "burro". Aprende-se! E mais, aprende-se as lições das vidas alheias, de quem não teve medo, e arriscou, e conseguiu!
Em Portugal já está um pouco esbatido o conceito de classe, no entanto o mesmo não se passa no país desse meu amigo. Ouvem-se histórias, aprende-se o rumor local, que não aparece publicado nos meios de comunicação cá, apercebo-me e consciencializo-me da desigualdade no país, desigualdade a tal ponto que se torna inútil falar de desigualdade cá neste nosso burgo.
E a mensagem que fica, no meio disto tudo é que vale a pena arriscar, com confiança, mas consciente dos riscos que se corre (para os poder mitigar), e assumir o desafio. Parar é morrer, acomodar à situação actual é tornar-se inútil.
E é este o discurso que já há muito não ouvia, e com o qual, confesso, identifico-me ideologicamente, apesar de a prática não acompanhar a ideologia, pelo menos, não tanto quanto o devido.
E enquanto existirem pessoas a pensar assim, a acreditar em si, acho que sim, somos capazes de mudar o mundo.
Afinal, o que temos é essencialmente um reflexo do que somos.
Post a Comment